domingo, 29 de julho de 2007

SOLO - Emílio Lima, Popfuzz Records


Um grupo de amigos e uma idéia na cabeça: montar um selo, reunir as bandas independentes, promover shows. Essa é a PopFuzz Records! Em entrevista, Emílio Lima, um dos integrantes do selo, explica melhor a proposta, a história e fala dos projetos da PopFuzz.

De onde veio a idéia de criar um selo?

Na verdade, há algum tempo tinha vontade de ter um selo. Mas só após o Maionese 2 é que a idéia surgiu com mais força, percebemos que era necessário reunir as bandas em algo organizado para poder divulgá-las e criar uma cena em Alagoas. Conversando com alguns amigos, percebi que compartilhávamos o mesmo objetivo. Foi quando conheci o Rodolfo, que já tinha uma noção maior do que era selo e um nome em mente... Isso incentivou muito a galera a colocar o projeto para frente. Acho que o marco da criação do selo foi o momento em que resolvemos trabalhar com consciência de selo.

Qual a origem do nome Popfuzz?

Foi idéia do Rodolfo. Ele diz que é uma homenagem aos selos que admira, como o Poptones (inglês), que lançou algumas de suas bandas favoritas como My Bloody Valentine, Teenage Fanclub e The Jesus and Mary Chain e o Sub Pop (americano), que promoveu bandas grunges dos anos 1990, como Nirvana, Mudhoney e Screaming Trees. Ele acha que Popfuzz tem uma sonoridade interessante e muitas pessoas têm comentado isso. No dia do Maionese, 26 de maio, um dos integrantes da Radium ficou analisando o nome. E repetiu várias vezes: Pop Fuzz, Popfuzz, Pop... Fuzz, com diversas entonações e por fim concluiu: “Esse nome é muito bom! Como não pensei nisso antes?”.

Quem faz parte da Popfuzz Records?

Além de mim e do Rodolfo, fazem parte o Gabriel, João Paulo, que está em Brasília, Caíque, que organizou o Maionese desde a primeira edição e é um dos caras mais dedicados do selo, Bruno Jaborandy, Marquinhos, as meninas que fazem a assessoria, Mariana e Thalita. Também a Nina, a Nanda, a Poli, a Paulinha e a Rosy, que fazem a Estilo Gostoso, uma barraquinha de lanches nos eventos, e as bandas: Super Amarelo, Estandarte, My Midi Valentine, Dad Fuked And The Mad Skunks, entre outras, pois cada vez mais bandas entram no selo, ganham um apoio na divulgação de seu material e dão uma força para a Popfuzz. A vantagem é que somos todos amigos, então, todo mundo ajuda como pode, não por obrigação, mas porque quer participar do processo.

Por que o selo não possui uma logomarca?

Nós até tentamos, mas achamos melhor focalizar só nas cores. Durante um tempo, discutimos quais cores representariam a Popfuzz e depois de uma votação, ficou decidido que seria roxo e amarelo. Surgiram algumas sugestões de logomarcas e o pessoal foi criando, criando... Enfim, se escolhêssemos apenas uma, esse processo acabaria. Então, a proposta é haja um espaço para a arte livre nas cores roxo e amarelo. Pode ser um elefante se equilibrando em uma pata só, com uma coleira roxa e amarela; um cara em um ponto de ônibus, de braços cruzados e óculos escuros, com um cinto roxo e amarelo. As pessoas vão olhar e pensar: É a Popfuzz!

Quais são as maiores dificuldades que vocês têm enfrentado?

Além do reconhecimento, um grande problema aqui em Alagoas, tem a questão do espaço para promover os shows. Tudo fica muito concentrado em Jaraguá, além disso, o aluguel das casas sai completamente de nossas possibilidades. Só queremos divulgar nosso trabalho, tocar mesmo, sair dos estúdios, e seria muito bom que os bares, principalmente da Ponta Verde, oferecessem um espaço para bandas diferentes. Isso diversificaria o público que os freqüenta e criaria um movimento de divulgação do que é produzido na cidade.

O que você achou desta 3ª edição do Maionese?

Sou realmente suspeito para falar, porque sou muito perfeccionista, ocorreram algumas modificações no cronograma, imprevistos, essas coisas comuns em shows. Mas tenho que admitir que o resultado foi muito bom, conseguimos reunir entre 350 e 400 pessoas no Olímpia, apesar da chuva que estava caindo naquela noite. E não estavam só os amigos, tinha muita gente que não costuma aparecer nesse tipo de evento, com bandas que não são conhecidas, que não fazem um som dançante, nem com elementos regionais, e sim um “rock contemplativo”, com guitarras e baixo trabalhados, letras reflexivas, onde as pessoas realmente assistem à apresentação. Acredito que a divulgação do Maionese ajudou muito... É, o Maionese 3 foi melhor que as edições anteriores, é um evento que vem crescendo, pelo esforço de todos, principalmente do Caíque.

E o que a Popfuzz está planejando para 2007?

Resolvemos que só vamos promover um evento de grandes proporções por ano, o Maionese, embora algumas pessoas peçam o “junhonese”, “setembronese” e coisas do tipo. Vamos centrar nossas atenções para a consolidação do selo, transformá-lo em uma firma, com tudo o que for preciso. Temos, é lógico, alguns projetos menores, como organizar festivais em estúdios, exposições de fotografias e outras produções artísticas e expandir nossos contatos com outras cidades, como Salvador, Recife, Aracaju e Natal, para fazer um intercâmbio. Só que agora, as bandas é que estão com “dever de casa”. Combinamos que todas deveriam gravar suas músicas em um prazo de 1 mês, para disponibilizar na Internet, inclusive para download. E na página da Popfuzz haverá links para os sites das bandas associadas.


SITE:

www.popfuzzrecords.net


ORKUT:

Popfuzz


TAMBÉM:

www.popfuzzrecords.net/maionese

www.fotolog.com/festivalmaionese

Um comentário:

Estêvão dos Anjos disse...

Apesar de não conhecer nunhuma das bandas axo q essa proposta é bastante viável e uma boa oportunidade para q outras pessoas além de mim as conheça....até o momento n tinha ideia de q existisse um selo Alagoano..existem outros? (opa sugeri uma pauta rsrsrs)
bju